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O Streaming Pode Salvar a Indústria Musical segundo a Goldman Sachs

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O Streaming Pode Salvar a Indústria Musical segundo a Goldman Sachs

No seu mais recente relatório, Music In The Air, a financeira Goldman Sachs prevê que o a indústria musical sofra uma queda global de 25% e uma queda de 75% nas receitas dos concertos. No entanto, o streaming está a aumentar e a previsão é que possa ajudar a colmatar as perdas do lado da música ao vivo.

O relatório Music In The Air de 2016 demonstrava que 52% dos gastos dos consumidores em música era com eventos de música ao vivo. Com a pandemia todo o sector dos eventos está praticamente paralisado. Enquanto a indústria dos eventos se procura reinventar, com soluções baseadas em tecnologia ou com soluções vintage como os drive-ins, a Goldman Sachs prevê que o streaming possa crescer 18%. 

Antecipando que em 2030 o número de subscritores de serviços de streaming cresça até aos 1.2 milhares de milhão face os 341 milhões reportados em 2019, a financeira revê em alta o crescimento deste sector da indústria. Além deste dado animador, o streaming é particularmente popular no público entre os 16 e os 24 anos, uma demografia fundamental para a indústria, reportando que 80% da audiência 16-24 ouve música em streaming face aos 65% da população em geral. 

Outro dado importante do relatório é a previsão de continuidade do fenómeno do live streaming. Ou seja, apesar de 79% dos inquiridos afirmar que pretende voltar aos eventos ao vivo quatro meses depois de levantadas as restrições aos eventos, 74% afirma que pretende continuar a assistir a live streaming na era pós Covid-19. Dado que permite antecipar que a transição dos eventos de música offline para o online não é um fenómeno passageiro e veio para ficar. 

Para os autores de música, que vão ter um decréscimo nos royalties de execução pública durante este período com a ausência de eventos e o encerramento de bares, clubs, lojas e ginásios, a boa notícia é que os royalties do streaming devem aumentar neste período, segundo este relatório.

Em conclusão, a previsão global da Goldman Sachs é que a indústria atinja os 142 milhares de milhão de dólares de lucro em 2030, uma subida de 84% dos 77 milhares de milhão reportados em 2019. 

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sonia.silvestre@gmail.com

Editora, de 2000 a 2011, da revista Dance Club. Durante mais de uma década escreveu e entrevistou muitos DJs e produtores de todos os géneros musicais, de Carl Cox, Erick Morillo, Todd Terry, David Guetta, a Dubfire, entre muitos outros. Escreveu para outras revistas e publicações, como a inglesa Musik. Em 2008 foi convidada para moderar o único painel sobre a cena electrónica portuguesa no Amsterdam Dance Event, o Focus On Portugal. Integrou a WDB Management, onde exerceu como Brand Manager até ao final de 2018. Durante este tempo participou na gestão de carreiras dos artistas no que toca à comunicação, promoção, gestão de patrocínios e a relação com as editoras. Fez parte da equipa em eventos como: a One Last Tour dos Swedish House Mafia em Lisboa; as duas datas do I Am Hardwell em Lisboa; o Mega Hits Kings Fest; e o RFM Somnii, de 2012 a 2018, entre outros. Em 2019 começou a trabalhar directamente com os artistas e é Manager.