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ProDJ Talks, o Ecossistema Musical e a Reinvenção pós-Covid

ProDJ Talks

ProDJ Talks, o Ecossistema Musical e a Reinvenção pós-Covid

A primeira ProDJ Talk, um espaço de reflexão e debate que a escola inaugura, pretende convidar algumas das figuras mais importantes da indústria musical, nacional e internacional, para falar sobre temas importantes para a comunidade. Continuando assim a educação dos nossos alunos e aumentando o sentido crítico. A estreia acontece hoje, 1 de Junho, pelas 18:30 em simultâneo no Facebook e no YouTube da escola.

 

Para fundamentar o debate, que será dividido em quatro grandes temas, queremos partilhar algumas notícias e factos que nos ajudam a pensar o tema da reinvenção da indústria musical, particularmente dos eventos.

O Futuro Está no Passado? O Modelo do Drive-In

Recentemente um formato do passado, o drive-in ressurgiu como uma solução possível para garantir o distanciamento social nos concertos. Temos exemplos que não correram bem, como um drive-in em Los Angeles, organizado por uma banda e rádio locais, que só teve 50 pessoas mas temos também exemplos como o dinamarquês, com o cantor Mads Langer a vender 500 bilhetes num formato drive-in. Em Portugal, o drive-in estreou-se a 23 de Maio, com Pedro Abrunhosa, no Estúdio 33.

Livestreams Gratuitos vs Pagos

Consequência do confinamento, do distanciamento social e do cancelamento dos eventos, o formato livestream prosperou e liderou nos últimos três meses, contudo será um modelo de continuidade? Que benefícios ou consequências pode este ter a médio e longo prazo na carreira dos artistas?

Vamos pensar a solução dos gigs virtuais, ou seja, criar livestreams privados, acessíveis apenas a quem comprou bilhete para assistir. Podem ou não ser geo-localizados, ou seja, controlando que um determinado espectáculo só está disponível para pessoas dentro de uma determinada área, ou podem ser globais. Há experiências a este nível na indústria, a Rolling Stone tem um artigo sobre um espectáculo dado nestas circunstâncias por Laura Marling que reflecte sobre esta questão tão pertinente e que está disponível aqui.

Gaming e Música

A associação de música a jogos, com shows ao vivo em plataformas como o Fortnite ou o Minecraft não é nova, aliás, Mashmello tinha estreado o Fortnite em 2019 num evento  online com mais de 10 milhões de pessoas, mas Travis Scott – certamente embalado pela quarentena – conseguiu bater esses números com mais de 12 milhões de audiência em tempo real. Se contabilizarmos com as visualizações em diferido, já ultrapassam os 45 milhões. O que é que este formato pode, efectivamente, trazer de solução?

Realidade Virtual

A Realidade Virtual com concertos como o de Tinashe, em que uma solução tecnológica permite que os movimentos, e até as expressões faciais da cantora, sejam reproduzidas pelo seu avatar em tempo real, ou o anunciado concerto dos Imagine Dragons em VR no próximo dia 15 de Junho. Pode este ser um caminho do futuro?

Direito de Autor e Conexos: como podem contribuir?

Por fim, mas não de menor importância, a questão do direito de autor e conexos – que ainda não são cobrados nestas novas formas de execução pública – mas que já há plataformas como a NetGigs que propõem, além do custo do bilhete, que o artista receba performance royalties pela sua música. Por outro lado há Sociedades de Autores que já estão a pagar direitos por formatos digitais, como a SACEM em França e a SOCAN no Canadá. Em que é que o Direito de Autor e Conexos podem contribuir para esta reinvenção?

Para reflectir, em conjunto com Solange Cesarovna, artista e presidente da Sociedade Cabo-verdiana de Música; Carlos Madureira, Director Jurídico da Sociedade Portuguesa de Autores; David Serras Pereira, International Licensing Manager da Unison; Gonçalo Castro, Marketing Manager da RTP, Consultor e Formador; André Henriques, DJ, CEO da agência WAM, CCO da New Collective com moderação de Sónia Silvestre.

 

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