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Clubhouse Chega Ao Android

Clubhouse

Clubhouse Chega Ao Android

A App que mais tem dado que falar nos últimos tempos chega finalmente ao Android. Mas porque interessa que o Clubhouse chegue ao Android para DJs, produtores musicais e músicos?

Começou por ser uma aplicação de áudio disponível apenas para utilizadores de iPhone. Que, na prática, permite que se fale numa sala cheia de pessoas num formato inédito: um podcast em tempo real e que não fica gravado. Graças a utilizadores famosos como Drake, Jared Leto, Questlove, Deadmau5 e 3LAU, que podem, a qualquer momento estar na mesma sala que tu, a app disparou nos downloads. Hoje tem 10 milhões de utilizadores, é acessível apenas por convite e chega muito em breve ao Android. Entretanto foi já copiada pelo Twitter, que anunciou os Twitter Spaces, e pelo Facebook, entre outros. 

Qual a Importância para a Música?

É natural que a proliferação de redes sociais cause ansiedade. Afinal é mais uma rede para alimentar. No entanto, há alguns motivos a favor do uso do Clubhouse, ora vejamos:

Networking

Acima de tudo o networking. Estar na mesma “sala” com pessoas que importam, ter a oportunidade de falar com elas, de mostrar pertinência e pontos de vista interessantes é apenas possível no Clubhouse. Algo que estava reservado às conferências anuais e, ainda assim, nestas nem sempre é possível falar com os oradores. 

Além da possibilidade de ouvir e falar com pessoas que importam na indústria e que podem ser fundamentais para dar um salto na carreira, também se desenvolvem conexões. Cada utilizador tem um perfil, e é possível “seguir” as pessoas. Além disso, há links no perfil para outras plataformas como o Instagram ou o Twitter. 

Exposição

Organizam-se regularmente battles, open mic ou audições, o que correspondem a oportunidades para expor a tua música a uma plateia especializada. Numa sala com executivos da indústria musical, uma mulher impressionou de tal forma a audiência que os juízes quiseram contactá-la offline. Não apenas isto, mas teve ofertas de fotógrafos a querer oferecer a sessão fotográfica. Numa outra sala, Kid Capri, o DJ e produtor que já ganhou um Grammy, pediu aos ouvintes que submetessem música por e-mail para que ele escolhesse quais passar no seu programa de rádio. 

Educação

Com tantos profissionais da indústria musical e artistas na aplicação ouvir apenas as salas sobre temas de música é um bónus na educação e aprendizagem. Mais, é possível perceber os temas quentes da indústria e aprender sobre eles. 

Algumas salas têm temas como “Porque precisas dum manager?”; “A Arte da Mistura e da Masterização”; “Música: Promoção” e tantas outras cheia de informação e sabedoria útil. Frequentemente o formato destas salas é o de perguntas e respostas, ou seja, quando alguém levanta a mão é convidado a falar. 

Comunidade

Porque as salas têm temas torna-se muito fácil encontrar a comunidade de pessoas com interesses, paixões ou até hobbies semelhantes. É também possível aderir a clubes específicos que criam salas com temas que interessam aos seus membros. 

Actuações

Porque é uma plataforma de áudio, é possível ter actuações ao vivo no Clubhouse. Aliás, acontecem com regularidade. Uma delas foi a adaptação do musical Rei Leão com 40 pessoas, entre narradores, cantores e banda, distribuídos por 20 cidades diferentes. A actuação decorreu sem latência, o que abre também novas possibilidades para os DJs. 

Torna-se muito simples fazer uma sala para estrear o novo single e fazer um Q&A com a audiência sobre este. A qualidade do som pode ser alta, a aplicação permite fazer essa escolha, e introduziu também um Music Mode para quem tem o telefone ligado a um iRig, por exemplo. Podes ver um tutorial aqui

Próximos passos?

  1. Descarregar o Clubhouse para Android ou fazer o pré-registo
  2. Arranjar um amigo que tenha convites
  3. Ler as FAQ
  4. Esperar que chegue a Portugal

Se as redes sociais e o digital te interessam vê a oferta de cursos de Indústria Musical de longa e curta duração na ProDJ.

About the Author /

sonia.silvestre@gmail.com

Editora, de 2000 a 2011, da revista Dance Club. Durante mais de uma década escreveu e entrevistou muitos DJs e produtores de todos os géneros musicais, de Carl Cox, Erick Morillo, Todd Terry, David Guetta, a Dubfire, entre muitos outros. Escreveu para outras revistas e publicações, como a inglesa Musik. Em 2008 foi convidada para moderar o único painel sobre a cena electrónica portuguesa no Amsterdam Dance Event, o Focus On Portugal. Integrou a WDB Management, onde exerceu como Brand Manager até ao final de 2018. Durante este tempo participou na gestão de carreiras dos artistas no que toca à comunicação, promoção, gestão de patrocínios e a relação com as editoras. Fez parte da equipa em eventos como: a One Last Tour dos Swedish House Mafia em Lisboa; as duas datas do I Am Hardwell em Lisboa; o Mega Hits Kings Fest; e o RFM Somnii, de 2012 a 2018, entre outros. Em 2019 começou a trabalhar directamente com os artistas e é Manager.